sexta-feira, 27 de março de 2015

The Art Girl

Barbara Kruger ' We don't need another hero', 1987 (cropped)

A discriminação de género nas artes continua. Porquê?


“O que é a arte hoje? Talvez seja este um momento de reflectir sobre os propósitos da arte, sobre as audiências e sobre o que se dá a ver.

Assistimos a um momento em que a internet se abre aos artistas, tanto como via de divulgação dos seus trabalhos, mas também, como um negócio. Um mundo onde se abrem concursos ao minuto, onde em nome de promessas de exposições e divulgação, se promovem concursos semanais, em troca de inscrições a 15$ por cada imagem submetida”—The Art Girl.

Um blog português sobre o lugar das mulheres na paisagem artística dominante.

Mas também um blog sobre o endividamento crescente dos artistas, sobretudo daqueles que caem no caldeirão sem remédio das cadeias oportunistas da certificação académica e curricular, quase sempre sofisticados mecanismos de abuso do trabalho voluntário de dezenas de milhar de artistas à procura de uma oportunidade.

Um blog de artivistas para quem a arte não vive suspensa no limbo de ingenuidade perfeita.

A desproporção entre o número de mulheres licenciadas em arte, e de mulheres artistas praticantes, e a representação hiper-minoritária das mesmas em exposições, nos museus e na história e crítica de arte, persiste como um exemplo de que o Feminismo dos anos 70 não cumpriu a missão a que se propôs. Talvez seja esta a causa de um notório ressurgimento da discussão sobre o género nos processos de legitimação e valorização ecomómica da arte atual. O Feminismo está de volta, e com razões de sobra para exibir a sua nova irritação de género!

A arte portuguesa sofre do sonambulismo, do conservadorismo e dos comportamentos palacianos e burocráticos ancestrais da nossa sociedade. Mas não tem que ser assim.

Long live The Art Girl !

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